A autarca de Cotija, uma cidade no oeste do México, foi assassinada um dia após as eleições que consagraram Claudia Sheinbaum como a primeira Presidente do país. A Secretaria do Interior do estado de Michoacán condenou “o homicídio” a tiro de Yolanda Sánchez Figueroa, do Partido de Acção Nacional (PAN, direita), na segunda-feira à noite, de acordo com um comunicado.
As autoridades disseram que Sánchez Figueroa estava na praça principal de Cotija quando foi atingida por tiros disparados por um grupo de homens armados a partir de uma carrinha, que fugiu após o ataque.
De acordo com a imprensa mexicana, a autarca foi atingida por pelo menos 19 balas, mas chegou ainda com vida a um hospital regional, onde acabou por morreu por volta das 21h30 (4h30 em Portugal).
A Secretaria do Interior de Michoacán disse ainda que as forças de segurança já estão no terreno para tentar capturar os responsáveis pelo ataque.
Em Setembro, Sánchez Figueroa tinha sido raptada no município de Zapopan, no vizinho estado de Jalisco, por alegados assassinos do cartel de tráfico de droga Jalisco Nueva Generación, que a mantiveram em cativeiro durante três dias.
A campanha eleitoral para as presidenciais mexicanas ficou marcada por uma vaga de violência, com o Governo a reconhecer o assassínio de 22 candidatos, embora grupos independentes apontem para cerca de 250 homicídios políticos, incluindo assessores, funcionários, familiares e vítimas colaterais.
Claudia Sheinbaum, candidata do partido no poder, foi eleita por ampla margem sobre a rival da oposição, Xóchitl Gálvez, do PAN, estando a tomada de posse agendada para 1 de Outubro. A antiga presidente da câmara da capital mexicana será a primeira mulher a ocupar a Presidência do México, substituindo Andrés Manuel López Obrador.