Pouco depois de confirmada a separação entre FC Porto e Sérgio Conceição, o treinador emitiu uma nota de imprensa a dar conta da desvinculação do clube, a confirmar a fricção com o adjunto Vítor Bruno e a prometer um cabal esclarecimento da situação: “Em breve virei a público contar a verdade dos factos”.
“Hoje comuniquei a rescisão do contrato assinado com Futebol Clube do Porto – Futebol SAD a 25 de Abril deste ano, nas condições sempre anunciadas. Fechou-se com sucesso um período de 7 anos e de 11 títulos, de grandes feitos desportivos na vida do nosso clube”, atestou, assumindo o mal-estar com um dos elementos da equipa técnica.
“Os acontecimentos recentes, nomeadamente a quebra de confiança num elemento da minha equipa técnica, a ingerência na integridade e coesão da mesma sem o meu conhecimento, deixam-me desgastado e desiludido”, acrescentou, deixando claro que foi ele que fez questão de incluir no contrato que assinou, antes das eleições do FC Porto, uma cláusula que lhe permitia sair “sem qualquer encargo para o clube”.
Por outro lado, justificou a demora na formalização da rescisão com a “renitência em pôr em prática, com quem durante anos manteve o clube na hegemonia do futebol português, um discurso de integridade e transparência legitimado pelos sócios”, vincando que é por “lealdade” ao clube e aos adeptos que toma a decisão de deixar o projecto.
“Não será uma quebra de valores e traição de outros que me farão pôr em causa os meus próprios valores e a minha palavra”m acrescentou. “Tal como prometi, saio do FC Porto com a mesma dignidade com que entrei. Não foi por dinheiro que vim para cá, e não é com dinheiro que quero sair”.