Amor serpente tem voz de quem ainda está entre os lençóis da noite anterior, mas sem saber muito bem se devia estar ali ou não. Tem o mel e aquele ardor inebriante do enamoramento, dos primeiros mergulhos a fundo no corpo do outro, mas a ansiedade e “os macaquinhos na cabeça” de quem sabe que aquela intensidade pode descambar rapidamente para o lado tóxico, para um amor armadilhado por ambas as partes (“camuflados no corpo um do outro / a transbordar claro / é tudo ou nada connosco”).
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